Uma metodologia nunca usada na área vegetal no Brasil tem sido a principal estratégia da Agência Estadual de Defesa Agropecuária da Bahia (Adab) para manter o estado livre do huanglongbing (HLB), também conhecido por greening, ou amarelão dos frutos, a mais destrutiva doença da citricultura em todo o mundo e ainda sem controle definitivo. Trata-se da rota sentinela, cujo objetivo é a detecção precoce das bactérias causadoras do HLB, Candidatus Liberibacter (Ca.L.), em ninfas e adultos do inseto psilídeo Diaphorina citri, principal vetor de transmissão desses microrganismos.
A Bahia é o quarto maior produtor de citros do Brasil e a entrada da doença poderia causar grande impacto à economia do estado. A metodologia faz parte do projeto HLB BioMath 3, liderado pelo pesquisador Francisco Laranjeira, chefe-adjunto de Pesquisa & Desenvolvimento da Embrapa Mandioca e Fruticultura (BA), e integra o portfólio Sanidade Vegetal da Embrapa, com acompanhamento do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa).
Laranjeira explica que a técnica de rota sentinela é muito utilizada em estudos ecológicos e consiste na determinação de uma linha reta que atravessa uma determinada região para execução de amostragens. No caso da Bahia, as rotas utilizadas foram definidas pela Adab.
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